Rede de Flu
- J.K. Rowling
- 10 de nov. de 2014
- 3 min de leitura

Em uso há séculos, a Rede de Flu, ainda que seja um pouco desconfortável, tem muitas vantagens. Primeiramente, diferente das vassouras, a Rede pode ser usada sem medo de quebrar as leis do Estatuto Internacional de Sigilo. Em segundo lugar, diferente da aparatação, há muito pouco risco de sofrer danos graves. E por último, pode ser usada para transportar crianças, idosos e enfermos.
Quase todos os lares bruxos estão conectados à Rede de Flu. Ainda que uma lareira possa ser desconectada usando um feitiço simples, para conectá-la é necessária a permissão do Ministério da Magia, o qual regula o serviço de Flu e evita que lareiras trouxas sejam conectadas por engano (ainda que se possam efetuar conexões temporárias em caso de emergência).
Além das lareiras domésticas, há umas mil lareiras por toda a Grã-Bretanha conectadas à Rede de Flu, inclusive as do Ministério da Magia e as de várias lojas e hospedarias mágicas. As lareiras de Hogwarts não costumam estar conectadas, embora tenha havido ocasiões em que umas ou mais tenham sido adulteradas, normalmente sem o conhecimento dos funcionários.
Ainda que geralmente sejam confiáveis, podem ocorrer falhas. Pronunciar o nome do destino de modo alto e claro ao entrar nas chamas Flu é às vezes difícil, devido às cinzas, ao calor e ao pânico. O caso mais famoso de desorientação acidental ocorreu em 1855 quando, depois de uma discussão particularmente desagradável com seu marido, a bruxa Violeta Tillyman pulou no fogo da sala de estar e gritou, entre lágrimas e soluços, que queria ir à casa de sua mãe.
Várias semanas depois, sem panelas limpas na casa e com suas meias precisando urgentemente de lavagem, seu marido Alberto decidiu que já era hora dela voltar para casa, e foi à residência de sua sogra através da Rede de Flu. Para sua surpresa, ela disse que Violeta nunca chegou. Alberto, um homem suspeito e um pouco valentão, enfurecido, invadiu e revistou a casa, mas parecia que sua sogra estava dizendo a verdade. Depois de uma campanha de cartazes e uma série de artigos no Profeta Diário, Violeta ainda continuava desaparecida. Ninguém sabia onde estava e nem a tinha visto sair de nenhuma outra lareira. Durante vários meses depois de seu desaparecimento, as pessoas tinham medo de entrar na Rede de Flu, por receio de que simplesmente desaparecessem no ar. Entretanto, o tempo passou, as lembranças de Violeta foram esquecidas e ninguém mais desapareceu, então a comunidade mágica continuou como de costume. Alberto Tillyman voltou furioso à sua casa, aprendeu feitiços de limpeza e de reparos e nunca voltou a usar a Rede de Flu por medo de que lhe acontecesse o mesmo que à sua esposa.
Não antes de se passarem vinte anos, após a morte de Alberto, foi que Violeta Tillyman ressurgiu. Devido à forma incoerente como falou ao entrar na Rede de Flu, ela não saiu pela lareira de sua mãe, mas pela de Minho Main, um atraente bruxo que vivia em Bury St. Edmundo. Apesar de Violeta estar imersa em lágrimas, coberta de cinzas e com o aspecto manchado, foi amor à primeira vista quando ela tombou de sua lareira, e Minho, Violeta e seus sete filhos viveram felizes para sempre.
Você vê como Harry se dirige a lugares errados ao longo do livro, mas esses erros costumam ocorrer ao viajar pela Rede de Flu. O caso mais conhecido é de uma mulher chamada Violeta Tillyman que em 1855, depois de discutir com seu marido Alberto, entrou no fogo muito angustiada e disse “Quero pra casa da minha mãe”, mas como estava soluçando, as coisas não saíram como o planejado. Alberto, depois de duas semanas, percebeu que a casa estava ficando muito suja, entrou na lareira, dirigiu-se à casa de sua sogra e descobriu que Violeta não estava lá. E ela não voltou a aparecer durante vinte anos. E só depois disso, após a morte de Alberto, Violeta veio a público e revelou que tinha ido parar acidentalmente na casa de Minho Main, em Bury St. Edmundo... um bruxo muito atraente... e ela apareceu com sete filhos.
“Flu" vem do fluxo de poeira, que você encontra numa chaminé. Mas não me pergunte o que exatamente é fluxo de poeira, porque não sei. Apenas sei que existe, mas não tenho certeza de sua serventia. Eu precisava de uma forma na qual os bruxos jovens pudessem viajar, porque eu havia criado o Estatuto Internacional de Sigilo, o que foi inconveniente, então imediatamente tornou-se muito difícil para eles poderem viajar, especialmente longas distâncias, por meios mágicos. Assim, pensei que eles precisavam de algo muito discreto e surgiu a Rede de Flu, que era uma forma de ir de casa em casa sem nunca ser visto pelos trouxas. Mas era divertido e engraçado fazê-la um pouco difícil de usar, de modo que pudessem facilmente cometer um erro e acabar em outro lugar.
escrito por: J.K. Rowling
traduzido/revisado/postado por: Kalel Pessanha
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