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Corujas


As corujas são criaturas mágicas mais frequentemente usadas para o correio e encomendas do mundo bruxo. Elas são conhecidas por sua velocidade e discrição e podem encontrar os destinos sem um endereço. Os primeiranistas tem permissão para levá-las para escola como animais de estimação.


A velha superstição britânica que diz dar azar olhar uma coruja voando à luz do dia é facilmente explicada: quando os bruxos saem de seus esconderijos para enviar mensagens durante o dia é porque algo dramático está acontecendo no mundo mágico. Trouxas podem chegar a sofrer as desagradáveis consequências sem terem ideia de sua origem.


Como é (principalmente) uma ave noturna de rapina, a coruja é inevitavelmente vista como sinistra pelos trouxas, mas tem sido uma serva fiel e companheira de bruxos e bruxas por muitos séculos. Apesar de estarem disponíveis diversas formas de estabelecer comunicação mágica à distância (incluindo Patronos, pó de Flu, e dispositivos encantados, como espelhos e até mesmo moedas), graças a sua lealdade e fidelidade, as corujas continuam sendo o meio mais utilizado pelos bruxos ao redor do mundo.


As vantagens do correio-coruja são os motivos pelos quais os trouxas desconfiam delas: trabalham na escuridão, para que os trouxas tenham uma aversão supersticiosa; tem uma visão noturna excepcionalmente bem desenvolvidas, são ágeis, furtivas e podem atacar quando ameaçadas. Existem tantas corujas empregadas pelos bruxos ao redor do mundo que pode-se dizer que todas pertencem ao Serviço Correio-Coruja de seus respectivos paíeses, ou trabalha para um bruxo em particular.


Assim como os porcos tem a reputação de serem inatamente não mágicos, as corujas possem uma inclinação inata para a magia; talvez por isso, ou porque gerações passadas foram domesticadas e treinadas por bruxos, elas aprendem muito rapidamente e parecem prosperar em sua tarefa de rastrear e monitorar os feiticeiros que suas cartas estão destinadas.


A antiga associação mística entre os humanos e seus nomes foi estendida para os bruxos de todas as culturas. Nem mesmo os adestradores para estimação ou correio, sabem explicar como os pássaros parecem ser capazes de rastrear e encontrar o bruxo destinado aonde quer que ele esteja. Uma coruja não precisa saber o endereço, apesar dos remetentes geralmente adicionarem o lugar no envelope para evitar que a coruja seja interceptada e a carta caia em mãos erradas.


Se um bruxo(a) não quiser receber cartas (ou quiser controlá-las de alguma forma), ele vai ter que recorrer a Feitiços de Repulsão, Disfarce ou Ocultação, entre outros. Somente é possível evitar as correspondências, ou só as cartas, de uma coruja em específico. Se um bruxo está determinado a se desconectar de algum credor persistente ou ex-namorada, ele pode tentar um feitiço de ocultação específico para essa pessoa, mas esse encantamento é facilmente violável, basta o indesejável pedir emprestada a coruja de outra pessoa. Em geral, é necessário uma magia de proteção forte, e boa vontade de renunciar uma grande quantidade de cartões de aniversário, para evitar as atenções do Correio-Coruja.


Corujas treinadas são caras, e é normal uma famílias de bruxos compartilhar uma única coruja, ou só utilizem as do serviço de correio.


Meu amor e fascinação pelas corujas são bem mais antigos que o primeiro rascunho de Harry Potter. Acho que por causa de uma corujinha de pelúcia que a minha fez quando eu tinha uns seis ou sete anos, e eu adorava.


É claro que a associação de corujas com magia é de muito tempo, e são encontradas em muitas ilustrações antigas de bruxos, perdendo apenas para os gatos, como as criaturas mais mágicas. A associação da coruja à inteligência veio de Roma, pois ela é o mascote de Minerva, a deusa da sabedoria.


As raças de coruja mostradas nos livros de Harry Potter incluem a bufo-real (grande, peludo e de aspecto feroz, pertencente a Malfoy); a Corujinha (minúscula, bonita, mas talvez não muito impressionante, como Pichitinho, pertencente a Rony); e a Coruja-das-neves, também conhecida como coruja fantasma (como Edwiges, de Harry).


Eu cometi alguns erros elementares quando descrevi Edwiges. Primeiro, Corujas-da-neve são diurnas (sim, elas voam à luz do dia). Segundo, elas são praticamente mudas, então não tinha como ela piar para aprovar, desaprovar ou se mostrar confortável, como eram frequentes em Edwiges, então fiz isso ser resultado de habilidades magicamente melhoradas. Terceiro, e como inúmeros amantes e peritos me explicaram no começo da saga, corujas não comem bacon (Edwiges sempre tirava uma casquinha de bacon quando entrava com o correio no café da manhã).


Quando criei Errol, a coruja velha, sofrida e sobrecarregada da família Weasley, eu tinha em mente uma foto que vi uma vez de um pássaro muito cômico, grande, fofo, cinza e que tinha uma aprência perplexa, cuja raça eu não conhecia. Na verdade, eu me perguntava se tinha sido uma foto real, ou se minha imaginação distorceu a imagem. Foi com enorme prazer, portanto, que na minha primeira visita ao viveiro nos Estúdios Leavesden, onde estavam filmando Harry Potter e a Pedra Filosofal, eu vi uma fila de corujas grande, cinzas, fofas e desnorteadas piscando para mim, cada uma delas era a réplica exata da vaga lembrança que eu tinha da foto que vi. Todas estavam interpretando o papel de Errol, e todas elas eram Ótimas Cinzentas.


traduzido / revisado / postado por: KALEL PESSANHA


 
 
 

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