Ministros da Magia
- J.K. Rowling
- 10 de dez. de 2014
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O Ministério da Magia foi formalmente estabelecido em 1707, com a indicação do primeiro homem a carregar o título de “Ministro da Magia”, Úlico Gamp*. O Ministro da Magia é eleito democraticamente, mas houve momentos de crise em que o posto foi simplesmente oferecido a um indivíduo sem votação pública (Alvo Dumbledore recebeu tal oferta, mas a recusou repetidas vezes). Não há limite para o fim do mandato de um ministro, mas ele ou ela é obrigado a realizar eleições em um intervalo máximo de sete anos. Os Ministros da Magia costumam durar muito mais tempo no cargo do que os Ministros trouxas. Em termos gerais, e apesar das muitas reclamações e contrariedades, a comunidade bruxa apoia seus ministros de um modo raramente visto no mundo trouxa. Isso talvez se deva à sensação, por parte dos bruxos, de que se não se governarem de maneira competente os trouxas podem tentar interferir em suas vidas.
O Primeiro Ministro trouxa não participa da indicação do Ministro da Magia, cuja eleição é assunto unicamente da própria comunidade mágica; todos os assuntos a ela relacionados na Grã-Bretanha são geridos apenas pelo Ministro da Magia, que tem jurisdição exclusiva sobre seu Ministério. Visitas de emergência do Ministro da Magia ao Primeiro Ministro trouxa são anunciadas por um retrato de Úlico Gamp (primeiro Ministro da Magia) pendurado no gabinete do Primeiro Ministro trouxa, no número 10 da Downing Street.
Nenhum Primeiro Ministro trouxa jamais pôs os pés no Ministério da Magia, por razões que foram sucintamente resumidas pelo ex-ministro Dugaldo McPhail (mandato de 1858 a 1865): “seus cerebrozinhos não conseguiriam lidar com isso”.
Ministro: Úlico Gamp
Tempo de Mandato: 1707 - 1718
Antes presidente da Suprema Corte dos Bruxos, Gamp teve o penoso trabalho de gerir uma comunidade turbulenta e apavorada, ainda se ajustando à imposição do Estatuto Internacional de Sigilo. Seu maior legado foi fundar o Departamento de Execução das Leis da Magia.
Dâmocles Rowle
1718 - 1726
Rowle foi eleito com a plataforma de ser “duro com os trouxas”. Censurado pela Confederação Internacional de Bruxos, acabou forçado a se demitir do cargo.
Perseu Parkinson
1726 - 1733
Tentou aprovar um projeto de lei que tornava ilegal o casamento com trouxas. Interpretou mal o ânimo público; a comunidade bruxa, cansada do sentimento antitrouxa e querendo paz, votou por sua saída na primeira oportunidade.
Eldrite Diggory
1733 - 1747
Ministro popular, o primeiro a estabelecer um programa de recrutamento para aurores. Morreu durante o mandato (varíola de dragão).
Alberto Boot
1747 - 1752
Amigável, mas inepto. Demitiu-se após uma revolta dos duendes mal administrada.
Basílio Flack
1752 - 1752
Ministro com menor tempo de serviço. Durou dois meses; demitiu-se depois que os duendes uniram forças com os lobisomens.
Hefesto Gore
1752 - 1770
Gore foi um dos primeiros aurores. Teve sucesso em sufocar uma série de revoltas de seres mágicos, mas os historiadores acreditam que sua recusa em estabelecer programas de reabilitação para lobisomens acabou produzindo mais ataques. Renovou e reforçou a prisão de Azkaban.
Maximilian Crowdy
1770 - 1781
Pai de nove filhos, Crowdy foi um líder carismático que erradicou vários grupos extremistas de puros-sangues que planejavam ataques aos trouxas. Sua morte misteriosa durante o mandato foi tema de vários livros e teorias da conspiração.
Porteus Knatchbull
1781 - 1789
Chamado secretamente em 1782 pelo Primeiro Ministro trouxa da época, Lorde North, para ver se podia ajudá-lo com a crescente instabilidade mental do rei Jorge III. Espalhou-se a notícia de que Lorde North acreditava em bruxos, forçando-o a deixar o posto após uma moção de censura.
Unctuous Osbert
1789 - 1798
Visto como tremendamente influenciado por bruxos de sangue puro com riqueza e status.
Artemísia Lufkin
1798 - 1811
Primeira mulher a dirigir o Ministério da Magia. Estabeleceu o Departamento de Cooperação Internacional em Magia e fez grande lobby até conseguir um torneio da Copa Mundial de Quadribol na Grã-Bretanha durante seu mandato.
Grogan Stump
1811 - 1819
Ministro da Magia muito popular, fã apaixonado de Quadribol (Tornados de Tutshill), estabeleceu o Departamento de Jogos e Esportes Mágicos e conseguiu definir uma legislação diferenciando animais e seres mágicos, algo que há muito tempo era fonte de dissensões.
Josefina Flint
1819 - 1827
Revelou durante seu mandato um insalubre preconceito contra trouxas. Antipatizava com as novas tecnologias trouxas como o telégrafo, que, segundo ela, interferiam no devido funcionamento das varinhas.
Ottaline Gambol
1827 - 1835
Muito mais progressista, Gambol estabeleceu comitês para investigar a capacidade intelectual dos trouxas que, naquele período do Império Britânico, parecia ser muito maior do que alguns bruxos acreditavam.
Rodolfo Lestrange
1835 - 1841
Reacionário que tentou fechar o Departamento de Mistérios – que o ignorou. Acabou se demitindo devido à saúde precária, mas dizem vários rumores que foi por incapacidade para lidar com as pressões do cargo.
Hortênsia Miliphutt
1841 - 1849
Apresentou mais leis do que qualquer outro ministro no poder, muitas delas úteis, algumas enervantes (relativas à agudeza das pontas dos chapéus, entre outras), que por fim levaram à sua derrocada política.
Evangeline Orpington
1849-1855
Amiga querida da Rainha Vitória, que nunca soube ser ela uma bruxa, quanto mais Ministra da Magia. Acredita-se que Orpington utilizou (ilegalmente) magia para intervir na Guerra da Crimeia.
Priscilla Dupont
1855-1858
Desenvolveu um rancor irracional pelo Primeiro Ministro trouxa, Lorde Palmerston, a ponto de lhe causar muitos problemas (moedas que se transformavam em ova de sapo no bolso do casaco etc.) e ser forçada a deixar o cargo. Ironicamente, Palmerston foi forçado pelos trouxas a deixar o cargo dois dias depois.
Dugald McPhail
1858-1865
Um sujeito confiável. Enquanto o parlamento trouxa passava por um período de notável agitação, o Ministério da Magia conhecia um período de agradável calmaria.
Farias "Língua-de-Trapo" Spavin
1865-1903
Ministro da Magia que serviu por mais tempo, foi também o mais prolixo; sobreviveu a uma “tentativa de assassinato” (chute) de um centauro, ressentido com o infame final da piada sobre “um centauro, um fantasma e um anão que entram num bar”. Compareceu ao funeral da Rainha Vitória com chapéu e polainas de almirante, momento em que a Suprema Corte dos Bruxos sugeriu gentilmente que estava na hora de ele deixar o cargo (Spavin tinha 147 anos quando deixou o posto).
Venusia Crickerly
1903-1912
Segunda ex-auror a ocupar o cargo. Considerada competente e amistosa, Crickerly morreu em um bizarro acidente de jardinagem (envolvendo mandrágoras).
Archer Evermonde
1912-1923
No cargo durante a Primeira Guerra Mundial dos trouxas, Evermonde aprovou leis de emergência proibindo bruxas e bruxos de se envolverem, para prevenir o risco de infrações em massa ao Estatuto Internacional de Sigilo. Milhares o desafiaram, ajudando os trouxas como puderam.
Lorcan McLaird
1923-1925
Bruxo talentoso, mas político improvável, McLaird era um homem incrivelmente taciturno, que preferia se comunicar por monossílabos e expressivas baforadas de fumaça, produzidas com a ponta da varinha. Forçado a sair do posto por causar verdadeira irritação com suas excentricidades.
Hector Fawley
1925-1939
Sem dúvida eleito por ser muito diferente de McLaird, o exuberante e vistoso Fawley não levou muito a sério a ameaça apresentada à comunidade bruxa mundial por Gerardo Grindelwald. Pagou por isso com o próprio cargo.
Leonardo Spencer-Moon
1939-1948
Um ministro sensato que fez carreira dentro do Ministério, tendo começado como copeiro no Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas. Supervisionou um período de grande conflito internacional para bruxos e trouxas. Tinha uma boa relação de trabalho com Winston Churchill.
Guilhermina Tuft
1948-1959
Bruxa jovial que presidiu um agradável período de paz e prosperidade. Morreu no cargo após descobrir, tarde demais, sua alergia a doce de aliquente.
Inácio Tuft
1959-1962
Filho da ministra anterior. Um linha-dura que aproveitou a popularidade da mãe para ganhar a eleição. Prometeu instituir um controverso e perigoso programa de procriação de dementadores e foi obrigado a deixar o cargo.
Nobby Leach
1962-1968
Primeiro Ministro da Magia nascido trouxa, sua indicação causou consternação na velha guarda (puro-sangue); muitos abandonaram seus cargos no governo em protesto. Leach sempre negou qualquer envolvimento com a vitória da Inglaterra na Copa do Mundo de 1966. Deixou o poder após contrair uma doença misteriosa (as teorias conspiratórias são abundantes).
Eugênia Jenkins
1968-1975
Jenkins enfrentou com competência os tumultos causados pelos puros-sangues durante as marchas pelos Direitos dos Abortos, no fim dos anos sessenta, mas logo foi confrontada com a primeira ascensão de Lorde Voldemort. Foi destituída do posto por ser vista como inadequada para o desafio.
Haroldo Minchum
1975-1980
Visto como linha-dura, colocou ainda mais dementadores ao redor de Azkaban, mas foi incapaz de conter o que parecia uma incontrolável ascensão de Voldemort ao poder.
Emília Bagnold
1980-1990
Ministra altamente capacitada. Teve que responder à Confederação Internacional dos Bruxos pelas inúmeras quebras do Estatuto Internacional de Sigilo no dia e na noite seguintes ao ataque de Lorde Voldemort a Harry Potter, que sobreviveu. Isentou-se de maneira magnífica, com palavras agora consideradas infames: “Reafirmo nosso direito inalienável de celebrar”, que arrancou vivas de todos os presentes.
Cornélio Fudge
1990-1996
Um político de carreira por demais afeiçoado à velha guarda. A persistência em negar a ameaça que Lorde Voldemort representava acabou lhe custando o emprego.
Rufo Scrimgeour
1996-1997
Terceiro ex-auror a ganhar o cargo, Scrimgeour foi morto durante o mandato pelas mãos de Lorde Voldemort.
Pio Thicknesse
1997-1998
Omitido da maioria dos registros oficiais pois esteve sob controle da Maldição Imperius durante todo o tempo de mandato, inconsciente de qualquer ato cometido.
Kingsley Shacklebolt
1998 - presente
Supervisionou a captura dos Comensais da Morte e dos partidários de Lorde Voldemort após sua morte. Inicialmente nomeado “ministro interino”, Shacklebolt depois foi eleito para o cargo.
* Antes de 1707, o Conselho de Bruxos foi a instituição (embora não fosse a única) que por mais tempo governou a comunidade mágica na Grã-Bretanha. Após a imposição do Estatuto Internacional de Sigilo em 1692, entretanto, a comunidade bruxa precisou de uma estrutura governamental mais bem estruturada, organizada e complexa do que a existente até o momento para respaldar, regular e se comunicar com uma comunidade escondida. Apenas bruxas e bruxos que gozaram do título de “Ministro da Magia” estão incluídos nessa lista.

tradução: POTTERMORE LIMITED © 2016
revisado e postado por: KALEL PESSANHA
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